quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Mãe... tô com saudade


Oi, pessoa,
Hoje a saudade me pegou de jeito. Um soluço está preso na garganta...

Vejam vocês que mulher linda está comigo num dia que foi tão feliz. Essa mulher sempre esteve comigo, sabe?

Até quando eu achava que era a menina mais sozinha, mais infeliz, mais sem sorte deste mundo, ela estava lá.

Ela é um rochedo, ela suporta tudo. Ela é forte, pessoa. Ela sofre, ela chora e ela se levanta. E a cada momento ela cresce, se torna melhor, mais soberana, mais dona de si, mais dona de todos nós.

Essa mulher sempre diz: " É assim mesmo, a vida é dura". E não se importa se algo é difícil. Se ela quer, ela consegue.

Ela abraça o mundo. E o nina antes de dormir.

Ela me ensinou a tomar gosto pela escrita. E eu fiquei viciada.

Ela me ensinou a estudar sempre. E eu fiquei dependente.

Ela me ensinou a ver que momentos ruins acontecem sim. Mas a vida está recheada de ótimas oportunidades para sermos felizes. Ela me ensina a sorrir. Ela me ensina a buscar a beleza na simplicidade. E a felicidade?? "Ela está nas pequenas coisas".

Ela me mostra todo dia que a vida é toda minha... que o mundo está a nossa disposição. Mas a vontade que eu tenho hoje, é de ser a menininha da mamãe.... só isso.

Hoje a saudade me faz lembrar que nada tem o mesmo sabor do feijão da mãe. Hoje a saudade me transporta no tempo e no desejo de ter sido diferente, de ter sido melhor, de ter sido mais justa.

Hoje, mãe, eu queria tanto estar do teu lado... abraçar você bastante... dormir no teu colo.

Hoje, mãe, meu desejo era de dizer bem baixinho, cochichando no seu ouvido: "Quando crescer, quero ser igual a você".

Agora mãe, o coração dói, dói de verdade... aperta... o olho tá marejado... queria estar com você....

Faz sagu para mim, faz?


sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A vida

" A vida não passa de um dia de verão, de sombras e de luz. Seus mais rútilos raios de sol surgem e se vão, e cedo a noite vem"


Érico Veríssimo nos deixou esse recado em "O resto é silêncio"... Divido com você e lembro que o ideal é passarmos muito filtro solar, abrirmos os braços e deixarmos essa luz e esse calor nos inundar....

A ordem natural das coisas

Quando o sol já corre a se esconder
E a noite já se faz sentir
Aparecem os velhos temores
Coração precisa resistir
Não se mata a sede de viver
O futuro nunca vai ter fim
Nem que seja o sonho dos poetas
Tudo aquilo que restou pra mim
E que me conduz


De repente vem uma canção qualquer
Logo nos seduz
E a verdade que ninguém podia ver
Surge a olhos nus


Mas nem tudo é como a gente quer
Esse mundo não foi feito assim
Desprezamos todos os valores
Nem sabemos mais o que é ruim
Então siga logo quem souber
O caminho para ser feliz
É viagem pra quem não tem pressa
O destino de quem sempre quis
Ter alguma luz


De repente vem uma canção qualquer
Logo nos conduz
E a verdade que ninguém podia ver
Surge a olhos nus


Com a ordem natural das coisas
Pelo menos aprendi
Foi a ordem natural das coisas
Que me trouxe até aqui


Compartilho com vocês o talento de  Guilherme Rondon e Paulo Simões....

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Alegria, alegria....

E a vida, ela é maravilha ou é sofrimento
Ela é alegria ou lamento
O que é, o que é meu irmão
Há quem fale que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo que nem dá um segundo
Há quem fale que é um divino mistério profundo
É o sopro do criador numa atitude repleta de amor
Hoje o Gonzaguinha nos dá bom dia... Nada como a luz de uma criança para rechear de luz nossa vida. Na foto, a doçura da Mirella!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A alegria é a melhor coisa que existe...

De tudo ao meu amor serei atento
Antes e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento







Pessoa, emprestei o soneto do Poetinha para compartilhar com você o momento lindo (bem Roberto Carlos isso, né?) vivido pela querida Gabi e seu Ricardo.

A beleza deste encontro emocionante foi registrada pelo olhar da doce Luana Serena.
Ela conseguiu fisgar toda a ternuna que pairava no ar com as lentes de uma câmara. A menina tem talento e mais que isso, sensibilidade.



Na foto de cima, Luana e o seu Diogo com os noivos. Abaixo, meu Juju e eu, com uma cara de chuchu....

A vida é também alegre. Doce... a vida é isso!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Saudades do Evilázio



Foto no jornal


Tem brincadeiras que não devemos fazer e coisas que não devemos dizer. Estávamos no caminho para Campo Verde, para cobrir o assalto ao Banco do Brasil. O motorista era o “Seu Valdomiro” – o Valdô (ô mania de pôr apelido nos outros) e ele fez uma ultrapassagem meio estranha. Foi o que bastou para o Evilázio e eu ficarmos desesperados enchendo a cabeça do coitado do Seu Valdô.

Muito mórbida, eu disse: “Se a gente morrer, só o Evilázio vira notícia no jornal. Eu não rendo nem box.”

Lembro-me dele olhando para o banco de trás e dizendo, com aquele jeito gaiato: “Eu saio com foto e tudo”. Parece que estou vendo ele, lá de cima, dizendo: “Viu, gorda, eu saí”.

Queria te ver no jornal sim, mas como vi na exposição de fotos da Exposul, fazendo sucesso. Te ver no jornal assim dói tanto!

Saudades do Evilázio

Maracujás e outras frutas
Outra boa do Vivi foi quando ele usou toda a versatilidade da bolsa de sua máquina fotográfica. Era inauguração do abatedouro de ovinos da Estância Celeiro. Dessa vez, era eu quem estava toda lamuriosa porque no local eles matam carneirinhos (e ovelhinhas, esses bichos tão fofos). Mas, vamos lá. Trabalho é trabalho, né? Então... mas pode ser diversão também. Quando se trabalha com o Vivi, é certeza! A decoração estava super bacana, toda ao estilo do campo.

Pois bem, quando entramos no carro, fala daqui, fala dali, o Evilázio, muito gaiato, mostra que os maracujás da decoração estavam estrategicamente armazenados ao lado da câmera. “Tava lá. Eu peguei”.

Como eu aprendo mais ou menos rápido, não demorou muito para eu também contribuir com o lanche da redação. Era uma pauta sobre o cultivo da banana. Pergunta pra cá, pergunta pra lá... eu solto “Nós precisamos provar estas novas qualidades de banana”.

Pra alegria da galera, “Seu Silas” (o motorista tudo de bom), Vivi e eu voltamos para a redação com banana pra todo mundo.
Falando em comida, lembrei que além de excelente fotógrafo, o Evilázio ainda mandava bem na cozinha. Vira e mexe ele aparecia com bolo (não era de caixinha) e curau... Hum... Era aquele congestionamento na cozinha do jornal. Segundo ele, tudo feito pelo próprio. Não duvido.

Saudades do Evilázio

Vivi e o bichinho no asfalto
O “Véio” (eu também o chamava assim e ele me retrucava com “Oi, gorda”) também marcou com outras passagens hilárias. Uma vez, em uma de suas andanças de posse de sua máquina fotográfica, ele registrou a imagem de uma anta (ou paca, ou capivara, ou algo assim) morta à beira da pista. Pronto! Ele tinha uma pauta: a morte de animais silvestres nas rodovias. A tarefa ficou a cargo do super Thiago Itacaramby ( O Thiiii). Só que era uma pauta fria, ou seja, rolava um tempinho maior para apuração de dados, entrevistas e essas cositas mais que os jornalistas fazem pra contar as histórias pra você, caro leitor. Só que, enquanto a pauta não saía, chegava a ser melancólico (e por isso mais engraçado ainda) ver o Evilázio quase deitado em sua cadeira (ele também tinha um jeito especialmente displicente de avaliar suas fotos) olhando o bichinho morto. Olha daqui, olha dali. Outra foto. Novo enquadramento do bichinho. Olha mais um pouco. Balança a cabeça com a mão na boca. Já estávamos preocupados, achando que o Vivi estava apaixonado pela finada anta (ou paca, ou capivara, ou sei lá o quê) até que a matéria saiu.

Se não estou enganada, a bichinha morta no asfalto estampou a capa do DR. Anelize, me corrija se estiver enganada, Ok? Pronto? Pronto nada. Como o nosso amigo investigou mais a fundo, descobriu que não só as antas (ou pacas, capivaras e outros bichinhos) morrem nas estradas, mas também bois, vacas e cavalos,ou seja, animais de criação que por descuido dos donos acabam indo para as estradas. Além de expor os animais ao risco de morte, isso também provoca acidentes. E graves, muitas vezes. Por isso, uma das advertências da fonte policial consultada era de que os donos deviam cuidar de seus animais.

Esse foi um dos enfoques da matéria, que também falou sobre os animais silvestres. Mas aí diz Evilázio: “E quem é que é o dono das antas (pacas, capivaras, tatu, cotias...)? Vai reclamar com quem? Com Jesus Cristo?”

Saudades do Evilázio


Começa agora uma sessão Saudade. Quem conheceu essa figuraça que foi o Evilázio vai lembrar:

Vivi, queriiiido!


Não vou usar este espaço para dizer que o Evilázio é um grande fotógrafo. Isso é fato. Quem conhece sabe. Os que não conhecem, certamente já ouviram falar. Quero falar um pouquinho sobre o Evilázio. Simplesmente ele, com aquela mecha de cabelo sempre caindo displicentemente na testa, dando um ar de cantor de bolero ou algo do gênero.

Queria implicar com o Evilázio? Simples. Era só dizer “Nossa! Que foto linda. Parece até coisa do Sebastião Salgado”. Batata. Ele franzia a testa, fazia bico e começava a ralhar.

Ah, isso mesmo! Evilázio tinha essa coisa meio rabujenta sim... Era muito engraçado. Mas nada que um “Oi, Vivi, queriiiido” não resolvesse. Acabo de contar as linhas para ver se vai caber tudo o que quero escrever. Acho que vai. O que não der rende uma outra “sessão saudade”.

Bom, essa história do “Vivi, querido” é bem engraçada. Agora. Porque acho que na hora rendeu uma certa confusão. Uma manhã tinha que cobrir uma pauta (não me pergunte o que é, pois não lembro) e liguei para o celular dele. Nem bem a pessoa do outro lado atende eu disparo “Vivi, queriiiiido! Bom dia” e desandei falar sobre o assunto que teríamos que cobrir. Na primeira pausa que eu dei (ô mania de mais falar que ouvir) percebi que a voz de mulher do outro lado definitivamente não era a do “Vivi, queriiiiido”. Ops! Acho que causei uma confusão, claro que sem querer.